quinta-feira, 28 de maio de 2015

ESCRITÓRIOS VIRTUAIS GERAM MAIS ECONOMIA E PRATICIDADE

"Modalidade é aposta dos empreendedores, que encontram uma estrutura pronta de serviço. Custos mais em conta atraem profissionais liberais e empresas de pequeno porte"




























Pense nessas possibilidades: enquanto o empreendedor trabalha remotamente, em outro endereço sua empresa está funcionando a pleno vapor, ou então, várias empresas funcionando em um mesmo espaço, trocando contatos, cooperando e dividindo despesas. Na verdade, esses espaços existem, e já começam a ganhar visibilidade e despontar como tendência no Brasil.

Os escritórios virtuais e co-workings, como são conhecidos, se concentram na Região Sudeste e estão a cada dia conquistando mais profissionais liberais e empresas de diferentes portes que desejam reduzir despesas e evitar burocracias na hora de montar um escritório. Os escritórios virtuais são serviços que oferecem linha telefônica exclusiva com atendimento bilíngue, endereço fiscal e comercial, e salas mobiliadas fixas ou para uso eventual, utilizadas para realizar reuniões, conference calls ou atendimento a clientes.

Cada vez mais clientes e fornecedores têm percebido as mudanças e a crescente adesão das empresas e de empreendedores a escritórios mais flexíveis e fluidos. As salas corporativas tradicionais não estão exatamente com os dias contados, mas a tendência no mundo dos negócios tem ido em direção a modelos de trabalho remoto, com uso de espaços convencionais apenas em situações pontuais. Em menos de 48 horas a empresa tem endereço próprio e acesso à estrutura física quando precisar.

Em meados do ano 2000, já com quase 40 associados, surgia a denominação Escritórios Virtuais. Em sua primeira década, o segmento passou a ser muito difundido, tendo sido reconhecido pelo governo por meio do IBGE e contemplado com uma denominação específica no CNAE que é o código nacional de atividades. O seguimento continuou se expandindo pelo Brasil,  e hoje estima-se que são aproximadamente 1.000 centros de negócios.

O empreendedor Arthur Vieira Martins, de 25 anos, descobriu a possibilidade de atuar no mercado através de um escritório virtual, durante uma pesquisa por alternativas ao aluguel de um escritório físico. A empresa de Martins oferece consultoria e assistência destinada a estrangeiros e nacionais em relação a imigração e emigração, um trabalho que, segundo ele, se adaptou bem ao escritório virtual.
“Decidimos pelo escritório virtual, pois possui requisitos básicos ao empreendedorismo e os serviços oferecidos substituem a necessidade de um escritório físico por um preço bem menor. No entanto, acredito que em negócios que dependam da apresentação e vendas não se adaptem tanto” afirma.

A partir de 2010, começou a surgir uma nova modalidade, denominada co-working, que consistia em grandes áreas que agrupavam em média 30 a 40 profissionais, compartilhando um mesmo espaço de trabalho.

“A filosofia desses novos espaços era de gerarem uma grande sinergia entre estes profissionais, uma vez que estes poderiam realizar negociações entre estes e até mesmo se cotizarem como parceiros para atenderem a uma demanda específica. Nos dias atuais é evidente que em um primeiro momento os empreendedores e ‘startups’ se adaptam muito bem a esse modelo” afirma Ernisio Martines Dias, presidente da Ancev.


Por: Ulisses Dávila 

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